Entenda o que são danos materiais no seguro de carro e qual valor contratar.

Danos materiais no seguro de carro são todos aqueles prejuízos causados a coisas físicas quando acontece um acidente. Pode ser outro carro, um muro, um portão ou até um poste. Ou seja, qualquer bem que se danificou por sua culpa — e que alguém vai querer consertar ou cobrar.

O problema é que, mesmo em batidas pequenas, o valor do prejuízo pode ser altíssimo. E se você não contratou a cobertura certa, vai sair do seu bolso. Neste post, vamos te explicar de forma clara como tudo isso funciona e como evitar cair numa fria com o seguro.

Entenda o que são danos materiais no seguro de carro e qual valor contratar.
O que são danos materiais no seguro de carro e qual valor contratar.

O que são danos materiais que aparecem na apólice?

Quando a gente fala de danos materiais no seguro de carro, estamos falando de tudo aquilo que pode ser quebrado ou danificado em um acidente. E não é só o carro da outra pessoa. É também o portão que você derrubou, a parede da loja que foi atingida ou até um poste que ficou no caminho.

Na prática, é o seguinte: se dá pra consertar, pintar, substituir ou reconstruir, o nome disso no seguro é dano material. E se foi você quem causou, vai precisar pagar — a não ser que tenha contratado a cobertura certa.

Muita gente acha que o seguro cobre tudo automaticamente, mas não é bem assim. É aí que entra a importância de entender como funciona a cobertura de danos materiais no seguro de carro. Senão, você descobre da pior forma que aquele prejuízo todo não estava incluído.

E se o carro que eu bati for muito caro?

Essa dúvida é muito comum. Imagine que você bateu em um carro de luxo, tipo uma SUV importada, e a frente dele ficou destruída. O conserto pode facilmente passar de R$ 100 mil. E aí?
Se você contratou uma cobertura para terceiros de R$ 50 mil, por exemplo, o seguro cobre até esse valor. O resto — ou seja, o prejuízo acima disso — é você quem paga. Por isso, escolher o valor certo faz toda a diferença. A gente vive num país onde um carro popular custa R$ 70 mil.


Quanto custa um prejuízo com terceiros no seguro? Muito mais do que a maioria imagina. Se você acerta dois carros num engavetamento, ou bate e o carro perde a direção e atinge outro bem, o valor vai subindo em efeito dominó.

O seguro cobre batida no carro do outro?

Se você contratou um seguro completo com cobertura para terceiros no seguro auto, aí sim, a seguradora indeniza de acordo com o valor contratado da cobertura. Ela paga o conserto do carro do outro.

Só tem um detalhe: a cobertura tem limite. Se você contratou R$ 150 mil e o conserto foi R$ 200 mil, a diferença vai sair do seu bolso. E isso é mais comum do que parece, principalmente com carros de maior valor.

Qual a diferença entre cobrir tudo e cobrir só o que você estragou?

Essa é a famosa diferença entre cobertura total e para terceiros. Muita gente acha que se tem seguro, tá tudo certo. Mas nem sempre.

A cobertura total (Compreensiva) protege 100% o valor do seu carro baseado na tabela FIPE. Já o seguro com cobertura parcial, chamado de RCF (responsabilidade civil facultativa), a cobertura é somente para terceiro. Cobrirá prejuízos causados a outro veículo, poste ou um bem qualquer.
Então, se o seu seguro for total (Compreensivo), cobrirá o seu prejuízo e do terceiro. Caso seu seguro for parcial, somente RCF, cobrirá apenas o terceiro.

Como escolher o valor certo para a cobertura de danos materiais a terceiros?

Essa parte é delicada. Muita gente pensa: “vou colocar o mínimo aqui só pra economizar”. E é aí que mora o perigo. O valor ideal de cobertura de danos materiais precisa acompanhar o tipo de trânsitos que você enfrenta, os lugares por onde dirige e o tipo de veículos que circulam por lá.

Uma batida em um carro médio hoje em dia custa fácil R$ 30 mil. Agora imagina bater em dois ao mesmo tempo? Ou atingir uma estrutura comercial? Dá pra passar de R$ 100 mil.. E esse é o ponto: a cobertura deve ser suficiente para te proteger desses cenários reais.

Recomenda-se contratar pelo menos R$ 150 mil. Se possível, vá além. O custo adicional no valor do seguro costuma ser pequeno em comparação à dor de cabeça e ao rombo financeiro que uma cobertura baixa pode causar.

Tá, e se eu bater em alguém, o que eu faço?

Saber o que fazer em acidente com danos materiais é tão importante quanto ter um bom seguro. Primeiro: mantenha a calma, encoste o carro, sinalize o local. Se caso você tiver um corretor, ligue para ele, e siga as instruções. Caso não tenha um corretor, tire fotos, pegue os dados dos envolvidos e, se possível, faça um boletim de ocorrência.

A seguradora vai ser acionada pelo corretor, onde o mesmo cuidará de tudo. Caso contrário entre em contato no 0800 da seguradora responsável, fale com a atendente de sinistro e seja claro no relato. Forneça tudo que for solicitado.

E se o dono do carro quiser resolver por fora?

Acontece direto. Mas atenção: pode parecer mais rápido ou barato, mas essa escolha tem riscos.
Faça um orçamento do dano, veja se esse orçamento atinge o valor da franquia. Em caso de valor menor, o aconselhável é não acionar o seguro para não perder os bônus. Se o valor do orçamento for maior que o valor da franquia, acione o seguro.

Perguntas frequentes:

E se o prejuízo for maior do que o valor da cobertura? A seguradora paga só até o limite contratado. O resto, você paga. Por isso, escolher um valor realista é essencial.

E se eu bater e for culpado, mas estiver com a documentação vencida? Dependendo do caso, a seguradora pode negar a cobertura. Sempre mantenha tudo em dia.

Posso escolher a oficina onde o carro do outro será consertado? Depende da apólice e do acordo com a seguradora. Algumas permitem que a vítima escolha a oficina, outras indicam oficinas credenciadas.

Danos em bens públicos (poste, semáforo, etc.) também são cobertos? Sim, são considerados danos materiais. Se você causar um acidente e atingir um bem público, a seguradora cobre — desde que você tenha a cobertura certa.

E se o carro do outro já estava com avarias antigas? O seguro só paga pelos danos causados no novo acidente. É comum que a seguradora solicite uma vistoria para diferenciar os danos recentes dos antigos.

A seguradora pode recusar o pagamento se eu estiver alcoolizado? Sim. Se você estiver sob efeito de álcool ou drogas, o seguro pode recusar o pagamento. Isso é considerado agravante de risco e geralmente está nas cláusulas da apólice.

Preciso fazer BO mesmo se ninguém se machucou? Não é obrigatório, mas pode ser útil. O boletim ajuda a registrar os fatos e pode acelerar o processo com a seguradora. Em disputas, é uma prova importante.

Vale a pena contratar cobertura de R$ 500 mil? Sim, especialmente se você circula em áreas com carros de luxo ou trânsito intenso. O custo extra da apólice costuma ser pequeno diante da tranquilidade que proporciona.

Conclusão

Não vacile com a cobertura de danos materiais
A verdade é que danos materiais no seguro de carro são muito mais comuns do que parece. E podem custar muito caro. A única maneira de se proteger de verdade é contratando uma cobertura adequada, com um valor que realmente cubra os riscos do dia a dia.

Entender como funciona a cobertura de danos materiais é o que separa quem está protegido de quem está exposto. Avalie bem, compare coberturas e invista um pouco mais para garantir tranquilidade.
A pior hora para descobrir que seu seguro não cobre algo é quando o problema já aconteceu. Antecipe-se. Cuide do seu bolso, da sua segurança e do seu futuro.